Como resultado do trabalho de formação de criadores e intérpretes de dança, o Grupo Experimental de Dança da Cidade produziu o espetáculo infantil Faz de conta que e a performance Pulp Dances. As montagens fazem únicas apresentações nos dias 4 e 5 de dezembro, respectivamente às 16 e 21h, no Teatro Renascença, com entrada franca. A realização é do Centro Municipal de Dança, da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. Informações 32898065 – centrodedanca@smc.prefpoa.com.br .
A primeira encenação para o público infantil, Faz de conta que, investe na invenção e no imaginário para construir um espetáculo recheado de humor e poesia. No palco um grupo de bailarinos que tenta enfrentar o desafio de fazer dança para crianças, tentando escapar de clichês, investindo na aventura de redescobrir como brincar com movimentos e imagens. A direção é de Airton Tomazzoni.
Pulp Dances mergulha no universo do cineasta americano Quentin Tarantino, autor de filmes como Cães de Aluguel, Kill Bill e Pulp Fiction. A proposta foi de resgatar o universo “pulp”, adjetivo usado para designar a literatura de qualidade duvidosa e com enredos considerados absurdos, destinados ao entretenimento rápido. Assim, as coreografias revisitam personagens, situações e referências, presentes na obra cinematográfica de Tarantino, não para “ilustrar” em dança, mas para jogar e reinventar sentidos coreográficos para os elementos recorrentes como violência, vingança, solidão, ironia, injustiça, coragem, medo e sarcasmo.
Participam das montagens 18 bailarinos e bailarinas que desde abril freqüentam as aulas do projeto do Grupo Experimental de Dança. O programa de aulas é diário, de segundas a sextas, pelas manhãs e incluíram aulas de dança moderna, dança contemporânea, ballet, Axis Sillabys, Sistema Laban/Bartenieff, bem como laboratórios de criação, seminários teóricos e sessões de vídeos comentadas. No corpo docente, participaram consagrados professores como Eva Schul, Alexandre Rittman, Didi Pedone, Andréa Spolaor, Bia Diamante, bem como ex-alunos do próprio Grupo que retornaram de sua formação no exterior, como Douglas Jung e Juliana Vicari.
O projeto do Grupo Experimental de Dança teve início em 2007 e mais de cem alunos já passaram pelo programa. No primeiro ano, os alunos criaram o exitoso espetáculo Follias Fellinianas. Em 2008, duas novas produções estiveram nos palcos: Eu me faço simples por você e Ou algo assim que me intrigue. “O projeto vem atingindo seus objetivos e fomentando a prática diária em dança, uma formação integrada e a vivência no palco como intérpretes” destaca o diretor do Centro de Dança e idealizador do projeto, Airton Tomazzoni. Segundo ele, muitos alunos oriundos do projeto têm integrado o elenco de outras companhias da cidade, criado seus próprios trabalhos coreográficos ou dando continuidade à sua formação em escolas de dança na Áustria e Alemanha.
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