Uma das peças mais memoráveis da música ocidental poderá ser apreciada na íntegra pelos porto-alegrenses no mês de dezembro. A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e a Cia Municipal de Dança de Porto Alegre se preparam para apresentar “Carmina Burana”, de Carl Orff (1895-1982), sob a regência de seu maestro e diretor artístico Evandro Matté e coreografia de Ivan Motta.
A obra ganhará montagem com orquestra, coros, solistas convidados e dançarinos da Cia Municipal de Porto Alegre, no Auditório Araújo Vianna nos dias 3 e 4 de dezembro, às 20h30 e às 18h, respectivamente. Os ingressos custam R$ 30, e serão vendidos a partir do dia 23/11, quarta-feira, nas Lojas Multisom, e nos dias das récitas, na bilheteria do local. O Banrisul é o apresentador oficial do evento.
“Carmina Burana tematiza os desejos, as conquistas e as frustrações das pessoas. É uma metáfora da vida, exposta à constante mudança, e, por isso, uma obra atual”, comenta o maestro Matté. A peça, estreada em 1937 na Ópera de Frankfurt, é inspirada em poemas satíricos, com críticas às autoridades e à hipocrisia, e também em canções de amor e de taberna – textos encontrados em um manuscrito do século XIII.
“Em geral, a composição é apresentada em forma de concerto. Um dos diferenciais da produção da Ospa é a participação da Cia. Municipal de Dança de Porto Alegre na montagem, que será completa”, afirma Matté. A coreografia está sendo elaborada por Ivan Motta.
No time de mais de cem vozes que darão forma a trechos famosos como o apoteótico coro de abertura e finalização da obra (“O Fortuna, Imperatrix Mundi”), estão o Coro Sinfônico da Ospa, o Coro Allegro Unisinos e três solistas brasileiros que estão cativando plateias mundo afora: a soprano Gabriella Pace, o tenor Flávio Leite e o barítono Homero Velho.
Mais sobre Carmina Burana
Carmina é o plural latino de “carmen” – poema, cantiga, verso. O manuscrito, escrito em latim e alemão medievais, que contém os carmina burana foi encontrado em Benediktbeurn, na Bavária. Na obra de Orff (uma seleção de pouco mais de duas dezenas de poemas), dividem-se em sete grandes seções: “Fortuna, Imperatriz do Mundo”, “Na Primavera”, “Nos Prados”, “Na Taberna”, “Corte de amor”, “Banziflor e Helena” e de novo “Fortuna, Imperatriz do Mundo”. A composição é emoldurada por um símbolo da Antiguidade – a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte.
A mais famosa produção de Carl Orff foi concebida como uma cantata, forma que possibilita o trabalho cênico. É constituída de coros e árias para solistas, além de trechos puramente instrumentais.
Mais informações pelo telefone (51) 32227387 ou no site http://www.ospa.org.br/
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