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24 de julho de 2020

Afluência - indicações Açorianos de Dança 2019

Nesta sexta vamos conhecer mais sobre as indicações recebidas por AFLUÊNCIA, encenação do coletivo de artistas formado pela bailarina Geórgia Macedo, a artista visual Isabel Ramil e os músicos Felipe Zancanaro e Thiago Ramil, que concorre ao Prêmio Açorianos de Dança 2019 nas categorias Espetáculo do ano, Direção, Coreografia, Bailarina, Cenografia e Trilha Sonora, além de ser indicado a Destaque em Dança Contemporânea, pela pesquisa de movimento e pela articulação dos elementos cênicos que compõem o espetáculo.

foto Renata Hilal

Afluência - Melhor Espetáculo


Entre vastas e esfareladas coletividades de argamassa, há água. Água corpo. Água planeta. Água recurso. A água é o que transborda esta narrativa. Há água movendo o corpo de um sujeito urbano que constantemente se transforma. 

Afluência é um espetáculo híbrido concebido e apresentado pela bailarina Geórgia Macedo, a artista visual Isabel Ramil e os músicos Felipe Zancanaro e Thiago Ramil. Não há centro, há uma espécie de confluência contínua de expressões artísticas, criando a coreografia do espetáculo e colocando diferentes visões em diálogo.

Através de imagens que trazem a tona o questionamento dos dualismos "natureza e cultura" e "humanos e não-humanos", as cenas, como metáforas, sugerem que cada sujeito, centro do seu universo de relações, crie as suas imagens e significados. Assim, o espectador, instigado à multiplicidade de tudo que é água, tem o seu olhar direcionado e é ativo na construção da sua história.


foto Renata Hilal

Direção Coletiva - Afluência - Melhor Direção


No inverno de 2018, a bailarina Geórgia Macedo, a artista visual Isabel Ramil e os músicos Felipe Zancanaro e Thiago Ramil se reuniram com o desejo de juntar os potenciais artísticos de cada um, colocando-se em um processo de criação conjunta. Assim, a partir de experimentações pautadas pelas referências e particularidades das práticas individuais de cada artista, constituiu-se Afluência. Os artistas, vindos de múltiplas vertentes, se inspiram nesse devir e buscam gerar um acontecimento artístico centrado na presença da bailarina, na potência das imagens, na sensibilidade através dos sons e na experiência daquele que olha e, portanto, participa da criação do espetáculo. Afluência é o encontro entre os artistas e as suas formas próprias de se expressar. É o encontro deles com cada um dos locais e cidades que podem vir a ocupar. Assim, a cada performance deixam-se afetar pelo espaço estrutural onde se apresentam, de forma a permitir que este participe da concepção de cada apresentação. Afluência leva ao extremo a noção de que um espetáculo é sempre um acontecimento artístico, impossível de ser repetido. Como os rios que tem como constante a sua transformação.



Geórgia Macedo - Melhor Direção (coletiva), Coreografia e Bailarina


Geórgia de Macedo Garcia (Porto Alegre, 1989) é antropóloga e bailarina. Iniciou seus estudos em dança clássica no Ballet Gutierres dando continuidade no Ballet Vera Bublitz. Com o Circo Teatro Girassol, dançou "VERTIGENS", espetáculo de dança aérea contemporânea coreografado por Simone Rorato, indicado ao Prêmio Braskem em Cena (2015) e apresentado em Bogotá-CO (2016). Desde 2016 estuda ballet contemporâneo com a Ânima Cia de Dança, de Eva Schul, compondo o elenco do projeto Persona – Estudos de criação em obras coreográficas (FAC Movimento 2019 - Pró-Cultura SEDAC/RS). Com GEDA dançou o espetáculo "VAGA" (2019), criou as performances "Brasil em Caixas", apresentada no II SESC Gravataí em Movimento (2018); "O que resta da sobra", na Festa Literária Internacional de Paraty - FLIP (RJ) (2018); e "Entre-Linhas", na Noite dos Museus de Porto Alegre (2019), com direção de Maria Waleska Van Helden. Junto ao Les Gens de Uterpan (FR), realizou a performance "Pièce en 7 morceaux", de Annie Vigier e Franck Apertet, parte da exposição Subversão da Forma na Fundação Iberê Camargo (2019). Desde 2018 cria e pesquisa junto ao Coletivo Afluência. É curadora e organizadora da Mostra de Cinema Tela Indígena https://demacedogeorgia.wixsite.com/georgia


Felipe Zancanaro

Thiago Ramil

Felipe Zancanaro e Thiago Ramil -
Melhor Direção (coletiva) e Trilha Sonora 


Felipe Zancanaro (Porto Alegre, 1984) é músico, produtor e compositor. Recebeu o Prêmio Tibicuera 2019 de Melhor Trilha Sonora com a peça infantil “A Extraordinária Aventura Romântica de Miranda e Leo Lorival”, da Cia Stravaganza. Criou a trilha sonora da peça “A mulher arrastada” (dir. Adriane Mottola) que circulou nacionalmente pelo Palco Giratório SESC 2019 e foi grande vencedora dos prêmios Açorianos de teatro e Braskem em Cena 2018. Concebeu a trilha do espetáculo “O Silêncio do Mundo”, com Ailton Krenak (part. Jezebel de Carli), apresentado no 26º Porto Alegre em Cena. Produziu o disco de estreia de Thiago Ramil, “Leve Embora”, indicado ao Grammy Latino (2016). Como músico, já gravou 13 discos, entre eles “Derivacivilização”, de Ian Ramil, ganhador do Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro 2016 e “Campos Neutrais”, de Vitor Ramil. Foi indicado a melhor instrumentista no Prêmio Açorianos de Música 2011 como integrante da banda Apanhador Só, premiada pela APCA como melhor álbum de música popular de 2013, vencedora do Prêmio Açorianos de Música 2013, indicada ao VMB, ao Grammy Latino e ao Prêmio Multishow.

Thiago Ramil (Pelotas, 1990) é músico, compositor e psicólogo. Em 2014 foi contemplado no Edital Natura Musical para gravação de seu primeiro álbum, Leve Embora(2015) e com o trabalho de estreia foi indicado ao 17 Latin Grammy’s na categoria de Melhor Álbum Pop em Língua Portuguesa e recebeu três indicações ao Açorianos de Música(2015) sendo premiado nas categorias de Melhor Intérprete em gênero Pop e Artista Revelação. Com o segundo álbum, EmFrente(2018), foi premiado Melhor Compositor Pop no Açorianos de Música(2019). Como músico produziu diversas trilhas recebendo premiações de Melhor Trilha Sonora no Açorianos de Dança(2019), pelo espetáculo Poéticas sobre Morte/Tempo/Vida, e do Prêmio Olhares da Cena, pelo espetáculo VAGA. Thiago, desde 2018, é integrante do grupo Afluência e recentemente foi premiado no Festival de Canção Nova Era (SP).



Isabel Ramil - Melhor Direção (coletiva) e Cenografia


Isabel Miranda Ramil (Rio de Janeiro, 1989) É artista visual e mestra em Artes Visuais pelo IA-UFRGS. Trabalha principalmente com vídeos, fotografia e instalações de técnica mista. Também trabalha com cenografia, iluminação e criação de vídeos para teatro e shows musicais. Em 2014 realizou sua primeira exposição individual. Desde 2008 já participou de 20 exposições coletivas dentro e fora do Brasil, tendo trabalhado com nomes da curadoria artística nacional como Paulo Herkenhoff, Agnaldo Farias e Gabriela Motta. Em 2011 realizou o projeto cênico colaborativo “Órfão, o tempo sem ponteiros”, pelo qual ganhou o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria Artista Revelação. Em 2011 recebeu da Bolsa Iberê Camargo o prêmio Artista destaque da revista digital da Fundação. Em 2012 foi selecionada pelo programa Rumos do Itaú Cultural, o que a levou a expor nos espaços Itaú Cultural (SP), Casa das onze janelas (PA) e Paço Imperial (RJ). Em 2018 foi convidada a integrar a mostra de vídeos do Salão Arte Pará e teve um de seus trabalhos adquirido pelo MAR – Museu de Arte do Rio, o qual integrou a exposição “Mulheres no acervo do MAR”. Em 2019 criou luz e vídeos para “O Silêncio do Mundo” – espetáculo com Ailton Krenak, direção de Jezebel de Carli e cenografia de Ernesto Netto apresentado no 26° Porto Alegre em Cena. Ainda no mesmo ano foi responsável pela criação de luz, cenografia e vídeos para “Avenida Angélica” – show em que Vitor Ramil canta poemas de Angélica Freitas, apresentado em Porto Alegre/RS, São Paulo/SP e Santa Maria/RS. Isabel vive e trabalha em Porto Alegre. www.cargocollective.com/isabelramil

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