Hoje tem mais uma postagem da série com as trajetórias de indicadas e indicados ao Prêmio Açorianos 2019 e saberemos mais sobre o Destaque em Danças Folclóricas/Étnicas.
Começamos lembrando as indicações com as considerações feitas pelos jurados Alex Fernandes e Renato Konrath:
- Afrosul/Odomodê – pelo fomento e divulgação da cultura afrobrasileira durante 45 anos, sendo símbolo de resistência na cidade.
- La Marrupeña Brasil – pela divulgação do folclore argentino em Porto Alegre e no Brasil, tornando-se referência na área.
- Movimento Cênico do CESMAR/Centro Social Marista de Porto Alegre – pela introdução das Danças Folclóricas/Étnicas na prática pedagógica de um Centro Social da cidade.
- Movimento Meninas Crespas – pela implantação de ações afirmativas da Cultura Afrobrasileira através da Dança.
- Pablo Geovane – pela dedicação ao desenvolvimento da Chula em apresentações, divulgando essa modalidade em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul
espetáculo "Reminiscências" |
Afrosul/Odomodê
O grupo Afro-Sul de Música e Dança, formado em 1974, surge como uma instituição cultural que valoriza a cultura negra e o direito à livre expressão da pessoa humana, com objetivo de lutar contra racismo e divulgar a história e a música negra através de seus espetáculos e demais atividades voltadas ao enaltecimento da história afro-gaúcha tendo como projeto reconstruir e dar visibilidade à sua memória.
Ao longo destes mais de quarenta anos de existência foram realizados espetáculos pautados, através de pesquisa, na historicidade da cultura negra do Estado. Entre eles, o mais recente trabalho, “Reminiscências – Memórias do Nosso Carnaval”, exalta o Carnaval de Porto Alegre, em uma grande declaração de amor e agradecimento através de uma releitura baseada em participações da Ala Afro- Sul, tanto na Avenida Carlos Alberto Barcellos “O Roxo”, quanto no Complexo Cultural do Porto Seco, em desfiles realizados pelas escolas de samba de Porto Alegre, RS.
Saiba mais aqui: afrosulodomode.wordpress.com
foto Andressa Barros |
La Marrupeña - Brasil
A Escola de Arte Folclórico La Marrupeña foi fundada pela professora Nilda de Sunde, na cidade de Santa Isabel, província de Santa Fe, república Argentina, em 1973, difundido o amor pelo folclore desde as crianças até os adultos. Desde o ano 2008 se forma a Companhia Internacional de Dança “La Marrupeña” que participa de diferentes festivais no mundo. A Cia. La marrupeña - Brasil, companhia de danças folclóricas argentinas e tango (fundada em 2014), é a continuidade do trabalho do professor Juan Ignacio Sunde que junto com artistas do Rio Grande do Sul querem estreitar os laços que unem as culturas argentina e gaúcha, e estudar seus fundamentos. A Cia. instalou-se como um espaço de estudo e apresentação de autêntico folclore argentino. Em 2014, apresentou o espetáculo “Acá estamos” de forma conjunta com a CIA “LA MARRUPEÑA – ARGENTINA” e mais seis grupos locais, durante turnê realizada na Copa do Mundo.
Movimento Cênico do CESMAR/Centro Social Marista de Porto Alegre
O grupo nasceu em 2008, da união das oficinas de Teatro e Dança Cênica do Cesmar, criando um trabalho diferenciado, trabalhando nosso folclore e em outros momentos mesclando musicalidade corporal, ginástica artística, dança, teatro, sonoplastia ao vivo, entre outras surpresas cênicas que foram formulando a identidade do grupo “Dança Teatro Movimento Cênico”. O trabalho desenvolvido no complexo do CESMAR Porto Alegre reúne diversos projetos de apoio sócio educativo, fortalecimento de vínculos, educação popular, promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescente.
foto Daniel Teixeira |
Movimento Meninas Crespas
Movimento Meninas Crespas é formado por mães, pais, crianças, jovens, professoras e educadores populares que buscam uma educação afrocentrada, enegrecendo o currículo escolar e convidando a comunidade na qual está inserida ( Bairro Restinga- Extremo Sul de Porto Alegre) a resgatar sua ancestralidade e ver o mundo a partir de uma óptica negra.Tendo como ponto de partida as leis 10.639 e 11.645, utiliza as danças afro, as aulas de percussão, as pesquisas sobre a história negra, rodas de conversa, criação de performances que dialogam com o tema, relatos escritos/ orais e a educação bilíngue ( Português/ Iorubá) como uma possibilidade de educação Afrocentrada. O movimento tem tem viés artístico e também político, pois demonstra a problematização de carência e falta, através das nossas ações, da importância do ensino da Cultura negra, como também alerta sobre marginalização da mesma sofrida na sociedade.
Saiba mais aqui: meninascrespas.com.br
foto Jeandro Garcia |
Pablo Geovane
Dançarino desde os 13 anos de idade, hoje representando a entidade tradicionalista CTG Tiarayú de Porto Alegre. Premiado em diversos rodeios do estado do RS, e finalista da modalidade chula no ENART, que é o maior evento de danças tradicionais amador da América Latina.
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