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28 de abril de 2021

MAPEAMENTO DA DANÇA COMPLETA UM ANO

Dados preliminares mostram concentração de trabalhadores e trabalhadoras do segmento em 10 cidades. Pesquisa pretende traçar o perfil dos(as) profissionais do setor e os impactos da pandemia 

No Dia Internacional da Dança, quinta-feira, 29 de abril, o Mapeamento da Dança do RS completa um ano de seu lançamento. O levantamento pretende reunir dados para análise da cadeia produtiva da Dança no Rio Grande do Sul e traçar um perfil do setor no estado. Criado no Dia Internacional da Dança do ano passado, o Mapeamento é fruto do trabalho de 19 instituições representativas do setor da dança no Rio Grande do Sul. O Grupo de Trabalho formado à época elaborou a pesquisa, no ar desde o Dia Nacional do Folclore, em 22 de agosto. O prazo para a coleta de informações encerra-se em 100 dias e a previsão é que o formulário esteja aberto para preenchimento até o dia 22 de agosto. 

O link para preenchimento é https://forms.gle/ojcrkh9oqYHH2bwo9  

Os dados iniciais, colhidos até o momento, indicam a presença de profissionais da dança em 96 municípios de todas as regiões do Rio Grande do Sul, sendo que 10  municípios respondem por 63% da amostra. Com o Mapeamento, a sociedade gaúcha e o poder público poderão saber não apenas quantas pessoas vivem da dança no estado, mas onde estão localizadas, como são as relações de trabalho, situação de renda, entre outras informações. Segundo as informações preliminares, mais de 70% dos(as) profissionais do se identificam com o gênero feminino, número igual é de pessoas brancas e 46% atuam exclusivamente na dança como atividade profissional. Do ponto de vista econômico, o Mapeamento mostra que cerca de 30% dos trabalhadores e trabalhadoras vivem com um salário mínimo e número semelhante com até dois salários mínimos. 

Além de traçar um perfil socioeconômico e artístico, o Mapeamento permitirá fazer um RX dos impactos da pandemia da Covid-19 para o setor. Mesmo no contexto das dificuldades trazidas pela COVID-19, 85% foram capazes de se manter em atividade, realizando lives, atividades de formação, participando de festivais e outras atividades relacionadas com a dança. Mas para a maioria (70%), o ritmo das atividades se reduziu de forma significativa, o que representou para algumas pessoas uma suspensão completa das atividades – cerca de 15%. E do ponto de vista da renda cerca de um terço das pessoas que responderam ao questionário afirmaram que estão tendo dificuldades de subsistência pessoal.

O Mapeamento é uma demanda da comunidade da dança do estado e foi indicada como necessidade no Plano Setorial de Dança, de 2014; e no Plano Estadual de Cultura, de 2015.  O Grupo de Trabalho que formulou a pesquisa é composto pelas seguintes instituições: Articula Dança RS/ ASGADAN/ Associação de Circo RS/ ATAC/ Centro Municipal de Dança-SMCPMPA/ Colegiado Setorial de Circo RS/ Colegiado Setorial de Dança RS/ Conselho Estadual de Cultura RS/ FAMURS/ Fórum de Ação Permanente pela Cultura/ Fórum Permanente de Cultura de Pelotas/ SATED RS/ SEDAC RS/ SEPLAG RS/UCS/ UERGS/ UFPEL/UFRGS/UFSM.


Mais Informações:

Site: bit.ly/mapeamentodancars  

Ou pelo email: mapeamentodancars@gmail.com


RESULTADOS PRELIMINARES 


Distribuição por cidades

A tabela abaixo apresenta os 10 municípios com a maior quantidade de respostas. 

Município %

Porto Alegre 24,5

Pelotas    7,6

Santa Maria 6,4

Novo Hamburgo 6,4

Caxias do Sul 6,1

Canoas 5,1

Campo Bom 2,4

Bento Gonçalves 2,4

Rio Grande 1,9

Ijuí 1,6


Gênero

Gênero    %

Feminino   72,1

Masculino   26,9

Não binário/gay/gênero fluido   1,0


Perfil de renda

Faixa de renda %

Até 1 salário mínimo 32,3

De 1 a 2 salários mínimos 32,6

De 2 a 5 salários mínimos 26,3

De 5 a 10 salários mínimos 7,0

Mais de 10 salários mínimos   1,3


Os impactos da pandemia

Com as regras atuais de isolamento social, sua carga de trabalho relacionada com atividades profissionais em dança

Resposta   %

Não se modificou 4,5

Aumentou    9,4

Diminuiu   71,2

Parou com a dança   14,9


Resposta       %

Dificuldade de manutenção das condições profissionais 42,8

Dificuldade de subsistência pessoal 36,6

Não teve dificuldades 17,6


Cor

Resposta %

Branca   77,7

Parda   11,2

Preta   8,4

Amarela   1,3

Outra   1,3

Indígena  0,1





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