O
bailarino gaúcho Alexandre Bado, residente em Paris há cinco anos, estará em
Porto Alegre oferendo workshops de
dança
contemporânea, contato improvisação e dança aérea
Alexandre Bado reside e desenvolve seu trabalho
artístico e pedagógico na França desde de 2010. Em Porto Alegre integrou a
primeira equipe do Circo Teatro Girassol em 2000, e fundou seu grupo ao lado de
Vera Carvalho em 2002, Gentependurada que no ano de 2006 continuaria suas
atividades com muito sucesso no Rio de Janeiro, com destaque para o Cabaré
Valentin, realizado durante 2 anos em edições bimestrais na Fundição Progresso.
O evento tinha mais 30 artistas envolvidos em cada edição.
Alexandre trabalhou com importantes companhias e
diretores em Porto Alegre e Rio de Janeiro: Dilmar Messias, Nestor Monasterio,
Eva Schul, Intrépida Trupe, Ana Vitoria, João Saldanha, Grupo Tapias, entre
outros. A partir de 2006 tornou-se responsável pelo grupo de criação da
Faculdade Angel Vianna no Rio de Janeiro e tornou-se professor na Intrépida
trupe. Produziu três trabalhos solos no Rio de Janeiro, com destaque para “Um
pouco de Possível senão eu sufoco”, pelo qual ganhou prêmios de melhor
intérprete e foi convidado para o Solos do SESC, um dos principais eventos de
dança no Rio de janeiro em 2009. Neste mesmo ano Alexandre encontrou o
coreógrafo francês Thomas Lebrum, durante um festival na França, o trabalho dos
dois tinham vários pontos de encontro e, mesmo acabando de se conhecer, uma
vontade de trabalhar juntos foi evidente.
Então os dois articularam projetos e a
oportunidade se apresentou. Alexandre teve uma bolsa aprovada no “Centre
National de la Danse” em Paris, para desenvolver seu projeto pedagógico pessoal
e, paralelamente Thomas recebeu incrível proposição da SACD (sociedade dos
autores e compositores na França) para criar um solo interpretado por Alexandre
Bado para uma importante parte do Festival d’Avignon IN (o maior festival da
Europa ) tratava-se do “Sujets à Vif”, mostra do festival destinadas à criações
coreógrafos/diretores e interpretes em destaque.
Depois destes primeiros 10 meses de ensaios e
turnês com o solo “Parfois le corps, n’a pas de coeur” que foi agraciado com
criticas super positivas durante do festival e a conclusão de sua bolsa no
“Centre National de la Danse” Alexandre tinha outras possibilidades de trabalhos
com outras companhias francesas e pelo menos dois anos de turnê com o Solo de
Thomas Lebrum então a possibilidade de se instalar a Paris se apresentou.
Através da boa impressão causada no CND em 2011 Alexandre fez uma parceria com o
CND e com o Rio Cello (importante festival internacional de musica do Rio de
Janeiro) para uma criação para o festival que seria criada no CND em Paris e a
musica seria escrita por outro talento gaúcho, Otavio Santos, antigo parceiro de
Alexandre Bado.
Entre as companhias que Alexandre trabalha
depois de 5 anos na França, destaca-se a Opera Comique de Paris que em uma
co-criação com o Theatre de An der Wien em Viena” na Austria produziu a aclamada
peça “Platée”, Dirigida por Robert Carsen (diretor canadense que realiza
produções em diversos importantes teatros e Operas do mundo). E performances
criadas para o Cabaret Alcazar, um dos mais clássicos e antigos Cabarets de
Paris, localizado no Odéon.
Atualmente esta em residência com a companhia
Tango Ostinado no CND e se prepara para uma formação para o diploma de
professor do estado francês também no CND.
Algumas traduções de críticas à
Alexandre Bado:
"(...) Aos
poucos o bailarino vai se desnudando. Ele começa com um clichê que o europeu
conhece do Brasil,desses pontos turísticos, da cidade maravilhosa, linda, o
malandro esta lá, bebendo a caipirinha, e aos poucos essa figura vai se
transformando através da realidade brasileira, através da coisa da prostituição,
da violência, dessa sensação de morte, que é tão próxima... diz Alexandre.
O solo foi inspirado pela historia pessoal de Alexandre Bado, que em 2007
levou um tiro durante um assalto no Rio de Janeiro, foi submetido a varias
cirurgias, e nesta coreografia expressa a oposição entre os momentos de leveza e
de gravidade desta cidade nem sempre maravilhosa.” (RFI, por Maria
Emilia Alencar 10/07/2010)
"As 18h, um
belo homem, não muito grande, musculoso, solido, completamente vestido de azul
turquesa, uma camiseta a gente advinha coberta pelo seu terno que é ornamentado
com desenhos representativos de tucanos e outros pássaros exóticos, em
personagem que você descobrirá... é Alexandre Bado.(...) Alexandre Bado, que é
brasileiro e trabalha no Rio de Janeiro é interessado nas artes do circo nas
fronteiras da dança. É tanto um acrobata quanto um bailarino rompendo todos os
estilos. Ele possui uma força, ele tem um olhar que conta tanto quanto o corpo,
os movimentos. É belo, denso, poderoso.” (Le Figaro, por Armelle
Héliot 14/07/2010)
"Outra bela
surpresa na programação do Sujets à Vif, a descoberta de un "petit bijou". Uma
criação de Thomas Lebrun, "Parfois le corps n'a pas de coeur". Durante uma meia
hora de bucles musicais sobre Coração! ah coração! de Jardes Macalé, Alexandre
Bado se oferece para nós em um streap-tease de um extremo pudor. Uma
nudez tão sentimental quanto bestial. O afrodisíaco de um efeito bolero
carregado pelo ritmo de um samba repetido até a perda da medida. A exposição de
um corpo à suave influencia de um transe.(…) Uma edição do festival que
brilha pela generosidade destes artistas numa proposição singular e totalmente
agradável.” (Les Inrockuptibles, por Fabienne Anvers e Patrick Sourd
24/07/2010)
Sobre os workshops em Porto
Alegre
Em fevereiro de 2015 Alexandre estará em Porto
Alegre para uma serie de workshops de Dança e Dança Aérea em parceria com o
Circo Hibrido e Eva Shul.
Os workshops se servem de diferentes técnicas
contemporâneas experimentadas por Alexandre mas inspiram principalmente a
capacidade de criação de trabalho em grupo.
A aula de dança aérea para os iniciantes vai
trabalhar em questões de biomecânica para entender o peso e esforço da pratica
aérea, a noção de apoios e trabalho em grupo. Já para Dança Aérea avançada vai
experimentar uma interação de vocabulários em grupo, as experiência e ideias
pessoais serão postas em jogos e vão interagir entre si, através de
improvisações e jogos de criação. As duas aulas utilizam uma grande noção de
contato improvisação.
O Atelier de Contato Improvisação/Dança
Contemporânea no espaço dirigido por Eva Shul na Usina do Gasômetro, será um
grande laboratório ativo de improvisações e criação instantânea, uma proposição
de vocabulário/ideia coletivo e a noção de cada indivíduo para interagir e
criar.
Serviço
Atelier de
Dança Contemporânea e Contato Improvisação
Dias 23, 24 e
25 de fevereiro das 18:30 às 21:30
Na Sala 209
da Usina do Gasômetro
Inscrições:
R$ 200,00
Workshops de
Dança Aérea
Iniciantes:
27/02 das 16h às18h e
28/02 e 01/03 14h-16h
Inscrições: R$ 180,00
Avançados:
27/02 das 19h às 22h
28/02 e 01/03 das 17h às 20h
Inscrições: R$ 200,00
Local: CETE
Rua Gonçalves Dias 628
Informações e
contato: bado.arts@gmail.com
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