Centro Municipal de Dança


Centro Municipal de Dança é um órgão da Secretaria Municipal da Cultura e Economia Criativa (SMCEC) da Prefeitura de Porto Alegre que articula as políticas públicas de dança na capital gaúcha. Atua na preservação da memória, no fomento à produção, na formação de público, difusão e acesso às informações da dança. Desenvolve atividades artístico-pedagógicas e promove relações com a produção em dança estadual, nacional, e internacional. O objetivo é valorizar os profissionais, promover a produção e o desenvolvimento da arte da dança, tornando-se um espaço de referência para a área na cidade de Porto Alegre.

PROJETOS DO CENTRO DE DANÇA

PUBLICAÇÕES DO CENTRO DE DANÇA

13 de fevereiro de 2015


O bailarino gaúcho Alexandre Bado, residente em Paris há cinco anos, estará em Porto Alegre oferendo workshops de 
dança contemporânea, contato improvisação e dança aérea


Alexandre Bado reside e desenvolve seu trabalho artístico e pedagógico na França desde de 2010. Em Porto Alegre integrou a primeira equipe do Circo Teatro Girassol em 2000, e fundou seu grupo ao lado de Vera Carvalho em 2002, Gentependurada que no ano de 2006 continuaria suas atividades com muito sucesso no Rio de Janeiro, com destaque para o Cabaré Valentin, realizado durante 2 anos em edições bimestrais na Fundição Progresso. O evento tinha mais 30 artistas envolvidos em cada edição.
Alexandre trabalhou com importantes companhias e diretores em Porto Alegre e Rio de Janeiro: Dilmar Messias, Nestor Monasterio, Eva Schul, Intrépida Trupe, Ana Vitoria, João Saldanha, Grupo Tapias, entre outros. A partir de 2006 tornou-se responsável pelo grupo de criação da Faculdade Angel Vianna no Rio de Janeiro e tornou-se professor na Intrépida trupe. Produziu três trabalhos solos no Rio de Janeiro, com destaque para “Um pouco de Possível senão eu sufoco”, pelo qual ganhou prêmios de melhor intérprete e foi convidado para o Solos do SESC, um dos principais eventos de dança no Rio de janeiro em 2009. Neste mesmo ano Alexandre encontrou o coreógrafo francês Thomas Lebrum, durante um festival na França, o trabalho dos dois tinham vários pontos de encontro e, mesmo acabando de se conhecer, uma vontade de trabalhar juntos foi evidente.
Então os dois articularam projetos e a oportunidade se apresentou. Alexandre teve uma bolsa aprovada no “Centre National de la Danse” em Paris, para desenvolver seu projeto pedagógico pessoal e, paralelamente Thomas recebeu incrível proposição da SACD (sociedade dos autores e compositores na França) para criar um solo interpretado por Alexandre Bado para uma importante parte do Festival d’Avignon IN (o maior festival da Europa ) tratava-se do “Sujets à Vif”, mostra do festival destinadas à criações coreógrafos/diretores e interpretes em destaque.
Depois destes primeiros 10 meses de ensaios e turnês com o solo “Parfois le corps, n’a pas de coeur” que foi agraciado com criticas super positivas durante do festival e a conclusão de sua bolsa no “Centre National de la Danse” Alexandre tinha outras possibilidades de trabalhos com outras companhias francesas e pelo menos dois anos de turnê com o Solo de Thomas Lebrum então a possibilidade de se instalar a Paris se apresentou. Através da boa impressão causada no CND em 2011 Alexandre fez uma parceria com o CND e com o Rio Cello (importante festival internacional de musica do Rio de Janeiro) para uma criação para o festival que seria criada no CND em Paris e a musica seria escrita por outro talento gaúcho, Otavio Santos, antigo parceiro de Alexandre Bado. 
Entre as companhias que Alexandre trabalha depois de 5 anos na França, destaca-se a  Opera Comique de Paris que em uma co-criação com o Theatre de An der Wien em Viena” na Austria produziu a aclamada peça “Platée”, Dirigida por Robert Carsen (diretor canadense que realiza produções em diversos importantes teatros e Operas do mundo). E performances criadas para o Cabaret Alcazar, um dos mais clássicos e antigos Cabarets de Paris, localizado no Odéon. 
Atualmente esta em residência com a companhia Tango Ostinado no CND  e se prepara para uma formação para o diploma de professor do estado francês também no CND.


Algumas traduções de críticas à Alexandre Bado:


"(...) Aos poucos o bailarino vai se desnudando. Ele começa com um clichê que o europeu conhece do Brasil,desses pontos turísticos, da cidade maravilhosa, linda, o malandro esta lá, bebendo a caipirinha, e aos poucos essa figura vai se transformando através da realidade brasileira, através da coisa da prostituição, da violência, dessa sensação de morte, que é tão próxima... diz Alexandre. O solo foi inspirado pela historia pessoal de Alexandre Bado, que em 2007 levou um tiro durante um assalto no Rio de Janeiro, foi submetido a varias cirurgias, e nesta coreografia expressa a oposição entre os momentos de leveza e de gravidade desta cidade nem sempre maravilhosa.” (RFI, por Maria Emilia Alencar 10/07/2010)

"As 18h, um belo homem, não muito grande, musculoso, solido, completamente vestido de azul turquesa, uma camiseta a gente advinha coberta pelo seu terno que é ornamentado com desenhos representativos de tucanos e outros pássaros exóticos, em personagem que você descobrirá... é Alexandre Bado.(...) Alexandre Bado, que é brasileiro e trabalha no Rio de Janeiro é interessado nas artes do circo nas fronteiras da dança. É tanto um acrobata quanto um bailarino rompendo todos os estilos. Ele possui uma força, ele tem um olhar que conta tanto quanto o corpo, os movimentos. É belo, denso, poderoso.” (Le Figaro, por Armelle Héliot 14/07/2010)

"Outra bela surpresa na programação do Sujets à Vif, a descoberta de un "petit bijou". Uma criação de Thomas Lebrun, "Parfois le corps n'a pas de coeur". Durante uma meia hora de bucles musicais sobre Coração! ah coração! de Jardes Macalé, Alexandre Bado se oferece para nós em um streap-tease de um extremo pudor. Uma nudez tão sentimental quanto bestial. O afrodisíaco de um efeito bolero carregado pelo ritmo de um samba repetido até a perda da medida. A exposição de um corpo à suave influencia de um transe.(…) Uma edição do festival que brilha pela generosidade destes artistas numa proposição singular e totalmente agradável.” (Les Inrockuptibles, por Fabienne Anvers e Patrick Sourd 24/07/2010)


Sobre os workshops em Porto Alegre
Em fevereiro de 2015 Alexandre estará em Porto Alegre para uma serie de workshops de Dança e Dança Aérea em parceria com o Circo Hibrido e Eva Shul.
Os workshops se servem de diferentes técnicas contemporâneas experimentadas por Alexandre mas inspiram principalmente a capacidade de criação de trabalho em grupo.
A aula de dança aérea para os iniciantes vai trabalhar em questões de biomecânica para entender o peso e esforço da pratica aérea, a noção de apoios e trabalho em grupo. Já para Dança Aérea avançada vai experimentar uma interação de vocabulários em grupo, as experiência e ideias pessoais serão postas em jogos e vão interagir entre si, através de improvisações e jogos de criação. As duas aulas utilizam uma grande noção de contato improvisação.
O Atelier de Contato Improvisação/Dança Contemporânea no espaço dirigido por Eva Shul na Usina do Gasômetro, será um grande laboratório ativo de improvisações e criação instantânea, uma proposição de vocabulário/ideia coletivo e a noção de cada indivíduo para interagir e criar.
Serviço
Atelier de Dança Contemporânea e Contato Improvisação
Dias 23, 24 e 25 de fevereiro das 18:30 às 21:30
Na Sala 209 da Usina do Gasômetro
Inscrições: R$ 200,00

Workshops de Dança Aérea
Iniciantes: 27/02 das 16h às18h e 
        28/02 e 01/03 14h-16h
Inscrições: R$ 180,00

Avançados: 27/02 das 19h às 22h
                     28/02 e 01/03 das 17h às 20h
Inscrições: R$ 200,00

Local: CETE Rua Gonçalves Dias 628
Informações e contato: bado.arts@gmail.com

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