A Sphaera Mundi Orquestra, a Cia Municipal de Dança de Porto Alegre e o ator Tom Peres, no papel de Hermes, reúnem-se para espetáculo multissensorial, com música de grande compositor italiano Vivaldi, com sessões nos dias 3 e 4 de junho, no Theatro São Pedro.
“O Rapto de Perséfone” escrito em 2019 e inspirado na escultura de Lorenzo Bernini, é um espetáculo musical, mas com formato inovador que oferece uma profunda imersão sensorial vivenciada por meio de audição, visão, olfato e intuição através da integração da música com poesia, teatro e dança, tendo como aliados aromas, luz e imagens. No palco doze músicos da Orquestra Sphaera Mundi; o solista Leonardo Bock; os bailarinos Marina Sachet (Perséfone), Léo Maia (Plutão), Paula Finn, Isadora Franco (ninfas), Léo Silva e Pedro Coelho (criaturas do submundo), da Companhia Municipal de Dança; e o ator Tom Peres, que interpreta Hermes. A direção cênica é de Carlota Albuquerque e a coreografia de Airton Tomazzoni e Maurício Miranda.
“A Cia Municipal dá mais um importante passo na sua trajetória, podendo valorizar o talento e excelência do elenco de bailarinos e bailarinas da capital e celebrar essa aproximação com a cultura italiana, com a obra de um grande compositor como Vivaldi e com a incrível Orquestra Sphaera Mundi.”, comemora o coreógrafo Airton Tomazzoni.
“O Rapto de Perséfone” pode ser visto como um concerto, onde bailarinos ilustram elementos musicais que dialogam com elementos cenográficos e sensitivos (visão, audição e olfato). É o episódio da mitologia que nos conecta com a lei de ciclicidade expressa em toda a natureza. No âmbito da nossa vida interior, nada mais é que nossa necessidade de trazer luz, vida, aos aspectos obscuros do nosso inconsciente, e que possamos, a cada ciclo, expandir nossa consciência, renascermos como seres humanos melhores, após cada noite, cada ano, cada vida. Em alguma medida, a experiência que a humanidade viveu coletivamente com a pandemia entre 2020 e 2023, representa uma oportunidade de renascimento. Uma oportunidade de alcançarmos novos patamares de consciência coletiva, de conexão com o outro, de maior realização e vida em harmonia entre nós e o planeta. Talvez, quiseram os deuses do Olimpo, que esse espetáculo não pudesse ser representado antes da pandemia. Agora chegou a hora de evocá-la”, diz o maestro Márcio Cecconello, que estreia como roteirista e diretor artístico de “O Rapto de Perséfone”, nos dias 3 e 4 de junho (sábado e domingo), no Theatro São Pedro. Antes, no dia 2, o musical fará uma apresentação fechada para o Consulado Geral da Itália.
A vida, a morte, o renascimento
“O Rapto de Perséfone” é o episódio da mitologia ocidental que ajuda a compreender as leis que regem os ciclos da natureza e as estações do ano. Os ciclos de vida, morte e renascimento presentes em todas as formas de existência que se expressam do micro ao macro, nas galáxias e nos átomos, em nosso planeta e em cada ser humano revelando a lei de ciclicidade.
Filha de Zeus com Deméter, símbolo da grande mãe terra e da fertilidade da vida, Perséfone era uma ninfa que se chamava Core. Incumbida de expandir o amor no mundo, Vênus, desafia Cupido para que lance uma flecha no coração gelado do deus dos mundos subterrâneos. Cupido foi certeiro. E ao ver Perséfone colhendo flores com outras ninfas, Plutão abre uma cratera na superfície da terra e salta para raptá-la. Deméter, desesperada, busca sua filha por todos os cantos. A tristeza tomou conta do coração de Deméter que abandonou seus cuidados à Terra e a vida começa a secar, os animais morrem, e chega o inverno frio escuro. No submundo, Plutão oferece a jovem uma romã, símbolo do casamento, e assim sela o pacto eterno com a ninfa que agora se transforma, se renova, e ganha um novo nome. Perséfone, agora é a rainha do mundo interior. Porém Deméter, recorre a Zeus, que intervenha e restitua sua filha. Mas Perséfone, ao se casar com Plutão, firma um vínculo eterno com o mundo interior. Zeus então propõe um acordo: que a jovem passe metade do ano com sua mãe, e metade com seu marido, e envia Hermes, seu mensageiro, para que traga Perséfone de volta, a promover o renascimento da vida na terra. A Primavera.
FICHA TÉCNICA:
Roteiro: Márcio Cecconello
Poesias: Marcelo Silveira
Direção artística e musical: Márcio Cecconello
Direção cênica: Carlota Albuquerque
Direção de criação e coordenação: Isadora Aquini
Direção de produção: Isadora Aquini e Ana Cristina Froner
Produção executiva: Henrique Amado
Orquestra Sphaera Mundi
Solista: Leonardo Bock
Interpretação: Tom Peres (Hermes)
Bailarinos: Marina Sachet (Perséfone), Léo Maia (Plutão), Paula Finn, Isadora Franco (ninfas), Pedro Coelho e Léo Silva (criaturas do submundo)
Coreografia: Airton Tomazzoni e Maurício Miranda
Assistente de Coreografia: Pedro Coelho
Figurino: Antonio Rabadan
Iluminação: Guto Grecca
Artista Visual - Videomapping: Jana Castoldi
ORQUESTRA SPHAERA MUNDI Direção Musical: Emmanuele Baldini
Direção Artística: Márcio Ceconello
Solista: Lonardo Bock
Violino I: Danilo Campos, Francisco Coser e Carlos Sell
Violino II: Geovane Marquetti, Mariana Teneos e Renata Bernardino
Viola: Cleverson Cremer e João Senna
Violoncelo: Murilo Alves e Philip Gastal Mayer
Contrabaixo: Eder Kinappe
Espineta / teclado (harpa): Fernando Rauber
SERVIÇO:
Musical sensorial “O Rapto de Perséfone”
Duração: 60 minutos | Classificação livre
Quando: 3 e 4 de junho de 2023 | Sábado e Domingo
Horário: Sábado às 20h, e domingo às 18h
Onde: Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n – Centro Histórico)
Ingressos: R$90 (Plateia) | R$70 camarotes centrais
| R$50 camarotes laterais | R$30 Galeria
Descontos especiais de meia-entrada para italianos (mediante apresentação de passaporte) e para membros de Nova Acrópole (mediante apresentação de comprovante de inscrição ou termo de voluntariado).
Ingressos antecipados:
https://theatrosaopedro.rs.gov.br/o